Legião Urbana
Há um tempo estava querendo jogar xadrez sozinho para examinar algumas coisas. Num dia comecei a jogar. Foi chato. Me perdia nos meus pensamentos e não concluía as jogadas. Percebi então que eu estava sentindo falta da pressão que o outro jogador exerce em nós para que realizemos a jogada. Sem ela, jogando sozinho, eu acabava adiando as jogadas. Foi quando eu comprovei mais uma vez a necessidade da coerção para que possamos dar cabo das coisas que queremos fazer; é necessária uma pressão externa para que possamos concluir as coisas. Mas creio que com o tempo agente consiga se auto-pressionar, se auto-motivar a fazer as coisas. Não é a toa que disciplina é liberdade. Quando queremos fazer uma coisa nos deparamos com várias outras opções e temos que ter firmeza para seguir fazendo o que nos determinamos a fazer e não se perder em outras atividades que nos desviam do nosso objetivo. Nesta escolha pelo que queremos terminar é que entra a disciplina. Assim, disciplinados, conseguimos terminar o que queremos fazer. Por vezes, o que queremos fazer nos motiva tanto que nem precisamos de tanta força de vontade. Mas há coisas que tem que ser feitas mesmo contra nossa vontade; neste momento a disciplina é fundamental. Em determinados momentos da nossa vida esta disciplina se materializa em outras pessoas: pais, professores, etc. Mas, creio, em um determinado momento podemos alcançar a liberdade, a capacidade de terminar o que queremos e precisamos terminar sem alguém que fique nos motivando a fazer isto.
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