Raul Seixas e Marcelo Nova
"(...) A cultura, tranformada em mercadoria, perde sua caricterística de cultura, para ser meramente um valor de troca. Mas a que necessidades atende esse valor criado para o consumo? Ele permite, como ainda será necessário demonstrar, reproduzir ad infinitum o sistema, atendendo assim às necessidades de acumulação do sistema.
Assim pode-se dizer que a 'indústria cultural' é a forma sui generis pela qual a produção artística e cultural é organizada no contexto das relações capitalistas de produção, lançada no mercado e por este consumida. Numa sociedade em que todas as relações sociais são mediatizadas pela mercadoria, também a obra de arte, idéias, valores espirituais se transformam em mercadoria, relacionando entre si artistas, pensadores, moralistas através do valor de troca do produto. Este deixa de ter o caráter único, singular, deixa de ser a expressão da genialidade, do sofrimento, da angústia de um produtor (arstista, poeta, escritor) para ser um bem de consumo coletivo, destinado, desde o ínico, à venda, sendo avaliado segundo sua lucratividade ou aceitação de mercado e não pelo seu valor estético, filosófico, literário intrínseco."
Barbara Freitag
Teoria Crítica Ontem e Hoje, São Paulo: Editora Brasiliense, 2004, pg 72.
Assim pode-se dizer que a 'indústria cultural' é a forma sui generis pela qual a produção artística e cultural é organizada no contexto das relações capitalistas de produção, lançada no mercado e por este consumida. Numa sociedade em que todas as relações sociais são mediatizadas pela mercadoria, também a obra de arte, idéias, valores espirituais se transformam em mercadoria, relacionando entre si artistas, pensadores, moralistas através do valor de troca do produto. Este deixa de ter o caráter único, singular, deixa de ser a expressão da genialidade, do sofrimento, da angústia de um produtor (arstista, poeta, escritor) para ser um bem de consumo coletivo, destinado, desde o ínico, à venda, sendo avaliado segundo sua lucratividade ou aceitação de mercado e não pelo seu valor estético, filosófico, literário intrínseco."
Barbara Freitag
Teoria Crítica Ontem e Hoje, São Paulo: Editora Brasiliense, 2004, pg 72.
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