quinta-feira, 19 de março de 2009

Friedrich Nietzsche e a Palavra

Não sei de Wagner, mas quanto a Nietzsche ele provalvemente surtou por viver sem sexo. Tinha sífilis em pleno século XIX, o que o impediu de casar-se com a mulher de sua vida. Ele, Nietzsche, levou sua autosuficiência ao limite, bastava a si próprio e não ficava correndo atrás de mulher. Elas é que corriam atrás dele. Mas, como sabemos, temos uma grau de dependência orgânica quanto a sexo, e a falta disto faz mal, assim como a falta de companhia. Nietzsche estava tão a frente de seu tempo que foi preciso passar uns 100 anos para que chegassem os teóricos da pós-modernidade para confirmar sua crítica da racionalidade emancipadora ocidental que está provada que não emancipou. Detalhe, Nietzsche profetizou isto pois estava vivendo naquela época, tal qual Marx. Estar tão a frente de seu tempo é enlouquecedor. Quem não enlouqueceria ao se ver falando para paredes?

Tudo o que importa é a palavra, o resto é detalhe, mero enfeite. A palavra é informação no seu estado mais próximo de pureza. E tudo é informação, como a música. Que música mudou o mundo? Idéias mudam o mundo e elas se manifestam principalmente pela palavra. Antes de que qualquer coisa tenha existido, a palavra já existia, sempre existiu e sempre existirá. Por essas e por outras é que escrevo neste blog, exercitar a palavra. Por isso também aceito de bom grado qualquer sugestão de melhora na escrita. As idéias são só a justificativa para escrever por enquanto, mas quero mesmo é saber usar as palavras para quando eu realmente quiser transmitir idéias possa fazer isto da melhor maneira possível.

domingo, 15 de março de 2009

Da Prudência com os Homens

(...)
" Ao homem se aferra minha vontade, ao homem me prendo com corrente porque para o alto em direção ao super-homem me sinto atraído. Porque para lá pende minha outra vontade.
E se vivo cego entre os homens, como se não os conhecesse, é para que minha mão não perca inteiramente sua fé num ponto firme.
Não vos conheço, ó homens. Essa obscuridade e essa consolação muitas vezes me envolvem por inteiro.
Fico sentado diante do portão, à disposição de todos os pérfidos e pergunto: Quem quer me enganar?
Essa é minha primeira prudência para com os homens. Eu me deixo enganar para que não precise desconfiar dos enganadores.
Ai! Se eu desconfiasse do homem, como poderia o homem me ervir de âncora para reter meu balão? Com muita facilidade meu balão me arrastaria para o alto e para bem longe.
A providência que preside meu destino é que devo ser necessariamente sem prudência.
E aquele que não quiser morrer de sede entre os homens deve aprender a beber em todos os vasos (lembrei da Lorena) e aquele que quiser permanecer limpo entre os homens deve aprender a lavar-se em água suja (uma hora eu aprendo, Ryzzan).
Eis o que a mim mesmo tinha dito muitas vezes para meu consolo: 'Coragem, coragem, velho coração! Um infortúnio te feriu. Tira dele proveito como de uma ventura!'"
(...)

Assim falava Zaratustra.

domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional das Mulheres

Mulher

Composição: Erasmo Carlos - Narinha

Dizem que a mulher
É o sexo frágil
Mas que mentira
Absurda!
Eu que faço parte
Da rotina de uma delas
Sei que a força
Está com elas...

Vejam como é forte
A que eu conheço
Sua sapiência
Não tem preço
Satisfaz meu ego
Se fingindo submissa
Mas no fundo
Me enfeitiça...

Quando eu chego em casa
À noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas prá quem deu luz
Não tem mais jeito
Porque um filho
Quer seu peito...

O outro já reclama
A sua mão
E o outro quer o amor
Que ela tiver
Quatro homens
Dependentes e carentes
Da força da mulher...

Mulher! Mulher!
Do barro
De que você foi gerada
Me veio inspiração
Prá decantar você
Nessa canção...

Mulher! Mulher!
Na escola
Em que você foi
Ensinada
Jamais tirei um 10
Sou forte
Mas não chego
Aos seus pés...

quinta-feira, 5 de março de 2009

Meus pais virtuais

Lorena e Ryzzan. O Ryzzan me dá uns puxões de orelha (necessários) e a Lorena me dá colo. Ora, o pai não entra em atrito com o filho? Da maneira que a mãe com a filha? Vocês dois deixam a minha vida bem mais alegre. Amo vocês. Preciso de vocês.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sentença

"Ser é admirar-se de estar sendo"
Fernando Pessoa

Esta definição eu entendo, eu vivo.

Somos uns condenados. Condenados a receber o mundo com os mesmos olhos. Ah! Como precisamos uns dos outros pra não ficarmos entediados!

Grato, Lorena.