quinta-feira, 4 de junho de 2009

De Deus (Metade devaneio, metade racional)

"Nada se perde, nada se cria. Tudo se transforma"
Lavoisier

Meu conhecimento em filosofia se resume aos manuais para ensino médio. Eu pretendo me aprofundar em Hegel. Leibniz, só conheço alguns de seus feitos enquanto matemático. Meu conhecimento básico me mostra que desde os pré-socráticos existe a busca pela Arché, o uno do qual parte o verso, o múltiplo. Acreditar em Deus pode ser visto como acreditar em em algo que existe em qualquer coisa que exista: a própria existência. Deus, é o tal do ser, alcançável para uns, não para outros, a existência, a vida. Acreditas que tu existe? Acreditas que algo existe que não sejas tu (que eu exista)? Estamos unidos pela existência se ambos (eu e tu) existimos. Agora, explica isso para uma pessoa que passa fome. Por isso existe o cristianismo e etc. Tudo é questão de linguagem. O que nos faz sermos diferenciados é nossa linguagem. Mas a necessidade de "entrar em sintonia" existe em qualquer ser. Tu existes? Prazer, eu existo. Quando isso acontece, quão maravilhoso não é. Mas a crença em Deus também se passa por crer que o que existe se mantenha existindo. Crer em Deus é também crer na eternidade. Enquanto houver existência há o existir (ser) há Deus. Mas, uma vez que existimos a existência é eterna. Mesmo que tudo volte ao nada, o nada já se tornou uma existência. O nada existe por uma vez ter existido a existência. Por tanto Deus sempre existirá mesmo que exista o nada. O amor é " exista tu, exista eu". O ódio: "morra tu, morra eu".

Energia. Deus é energia. A potencialidade. A energia sempre existiu e sempre existirá. Coisas nascem, morrem, mas a energia não muda. Nós somos energia condensada: matéria. Um principio inteligente surgiu pela mera possibilidade que a energia lhe deu de ter existido. Agora que o principio inteligente surgiu, ele quer se matar pois viu que o caos é melhor do que a ordem pelo simples fato de que a perfeita ordem é o nada, a energia em estado puro. Ser um só é voltar a somente existir energia, livre da prisão que é a matéria condensada. Creio que só existir energia é como um orgasmo infinito. No futuro só existirá um ser sentindo um orgasmo infinito, ou ainda existirão seres individuais buscando a ordem.

Ryzzan: Sei lá, até dá gosto viver sabendo que tu sentes isso. Vale a pena viver assim.

4 comentários:

lorena disse...

Sabe o mocinho do meu comentário anterior? Acabamos de terminar.

Li teu texto mas não sei o que dizer agora, comento depois.

Ryzzan disse...

Meu Deus tem mais valor poético mesmo, e dominante... ueheuheuheuhu...
Hoje, em especial, eu queria um amigo pra ouvir música, sem reclamar mesmo depois de horas ouvindo, deitado... Aaaaah, o quarto amarelo! :(
:)

lorena disse...

Ele tem o rabo preso com uma ex. Acho que tava fodendo com a cabeça dele de repente estar com outra pessoa. Menino confuso, sabe... Ai ai ai, os Grandes moram no Éden (ou no Hades) e esses pequerruchos não dão no couro.

No meio de uma conversa "existencial" ele deu a entender, provavelmente sem intenção prática, que se fosse para nos envolvermos de modo que alguém se machucasse (e essa seria eu) era melhor sermos só amigos. No que eu prontamente: então a partir desse instante somos só amigos. Ele ficou meio bobo, eu tomei as rédeas, dei todas as justificativas que ele não tava sabendo dar para o término, (não to me gabando, foi assim mesmo) e foi isso.

Moleque confuso. Vá tomar no cu.

Não tu, o moleque. rs.

lorena disse...

Eu acho que enrolar é a maior escrotice de todas. Sou meio sado-masoquista (alternando de posição), gosto de receber as porradas na cara e de bater também. Uma das coisas que eu achava mais brochante no Lincoln era ele sempre maquiar as coisas - com essa desculpa de não querer magoar. Eu lembro que uma das vezes que eu fiquei muito puta foi quando ele me mandou não assistir Moulin Rouge porque era ruim, e depois eu fiquei sabendo que era porque o filme era "bonito demais" e remeteria à nossa situação e eu sofreria. Porra. Me deixa sofrer, se for o preço de ver as coisas cara a cara! Eu adoro expor e meter o dedo nas feridas. Adoro expor as entrelinhas (tipo, num "date", acabo sempre quebrando o suspense e abordando diretamente as expectativas envolvidas ali - o que é bastante anti-romântico, mas acaba sendo um teste pra saber se a outra pessoa é um bocó ou alguém espirituoso).

Acho que respondi tua pergunta.