Eliane Superti
Esta frase ai em cima é de uma professora minha de Ciência Política. Quando se estuda as Ciências Sociais percebemos o quanto nosso comportamento é modelado pelo meio em que vivemos. A realidade é construida socialmente. Levando ao extremo - como gosto de fazer - chego mesmo a pensar que o indíviduo é uma ilusão. O indivíduo é A Ilusão - o próprio diabo. A antropologia moderna derrubou algumas teses psicanalíticas. Ao analisar o comportamente de sociedades "primitivas" - termo ultrapassado, mas não consigo encontrar outro melhor para o propósito deste post - os transtornos identificados por Freud não foram encontrados. Claro, isso não derrubou a tese de que o inconsciente existe, mas os estudos mostraram que o comportamento psíquico é bem mais influenciado pela estrutura social do que poderíamos imaginar. Na maioria destas sociedades, onde a feitiçaria é algo comum, se um nativo for alvo de um feitiço que tenha por fim causar sua morte, ele acredita tanto nisso que chega a morrer. O meio social é capaz de provocar reações fisiológicas no indivíduo. A própria estrutura do nosso cérebro evoluiu ao longo do tempo conforme cresceram as atividades sociais do homem. A relação entre o ser individual e o ser social, que existe em cada ser humano, define quem somos.
Mas o pecado das Ciências Sociais, devido sua alta subjetividade, está na incapacidade de encontrar uma teoria final, um teorema. Seu estatus de ciência positiva está longe de ser alcançado, apesar de ter sido esta a intenção de seus fundadores. Baseada numa lógica própria, que ainda estou longe de compreender, as Ciências Sociais vivem em uma eterna "crise de paradigmas", sempre se renovando.
Enfim, este é o caminho que resolvi trilhar; muito mais por não desperdiçar o tempo que já empreendi. Estou contente e com perspectivas. Resta a questão de se esforçar. Ao final das contas, esta é sempre a grande questão.
Mas o pecado das Ciências Sociais, devido sua alta subjetividade, está na incapacidade de encontrar uma teoria final, um teorema. Seu estatus de ciência positiva está longe de ser alcançado, apesar de ter sido esta a intenção de seus fundadores. Baseada numa lógica própria, que ainda estou longe de compreender, as Ciências Sociais vivem em uma eterna "crise de paradigmas", sempre se renovando.
Enfim, este é o caminho que resolvi trilhar; muito mais por não desperdiçar o tempo que já empreendi. Estou contente e com perspectivas. Resta a questão de se esforçar. Ao final das contas, esta é sempre a grande questão.
8 comentários:
Eua cho que, felizmente, nós nos comoportamos mais como vírus que agentes do tal sistema.
O cara bo meu blog é "Nelson Baby Face", o gângster... por nenhum motivo especial.
Fico até 10 de fevereiro.
Apostei que o Bandeira te cativaria, ainda que tenhas dito que admiras os parnasianos. Mas o Bandeira é um tristonho meio tarado por mulheres e assombrado por um diagnóstico de morte. Não tem como não gostar, né...
Fazer-se amado, em nível Eros, é mais que egoísta... é um tanto cruel. :)
Tu és malvado mesmo. Tô ligado. O problema é que quando tu não tens esta pretensão e acabas só esperando tal dos exo, sem querer tu ganhas a maldição dessa classificação do amor... Eros sux!
Te amo DESSE tamanho.
Teu aniversário, né? Liguei pra ti.
Puuuuuuuuutz, foi teu aniversário... Eu lembro da data, mas justo nesse dia não me toquei.
Felicitações de aniversário, com duas horas e cinco minutos de atraso.
BEIJO!
Amar não pesa se nãos e espera reciprocidade. E não há de ser um "não querer mais que bem querer"? :)
Pesa a nossa vaidade. E ainda assim é preciso usá-la de maneira positiva, não descartá-la (eu acho). Complicado ser humano.
A Crise desses paradigmas esta longe de ser um pecado das Ciencias Sociais é antes disso sua maior dádiva.
Quem acredita que somos em boa parte resultado do meio também sabe que o meio é um produto historico em constante processo de transformação dialética.
Os paradigmas substituem os anteriores pois cada um expressa uma certa realidade de seu momento histórico. com o decorrer do processo os paradigmas vão ficando anacrônicos e daí nascem novos paradigmas como Antíteses de um paradigma anterior (tese) resultando sempre em sinteses momentâneas e que logo tambem serão teses confrontadas.
Dialética Leo, a doce ilusão de pensar que conhecemos o que não entendemos.
Tudo bem... Ainda temos a vida toda pela frente. Até a véspera da morte ainda teremos a vida "toda" pela frente... A diferença é que esse todo diminui.
Ah, o meu blog tá chato, eu reconheço. É que aqui não tenho conversado direito com ninguém. Então extravaso na internet. Mas gosto de discussões, sim. É trocando idéias (essa é uma ótima expressão) que aprendemos mais.
Enfim.
Te cuida. Quem sabe ano que vem a gente se vê.
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