Algum compositor o qual não lembro o nome
"O cabôco tava sentado num banquinho de madeira rente u chão. Tava procurando o quê fazê quando olhô prum açaizeiro e viu uns papagaio incima dele. Elheolhô e contô 12 papagaios. Pegô a cartucheira. Colocô um cartucho cum 13 chumbinhos. Pá! Deu um tiro. Os papagaio caiu e ele foi contar. 1, 2, 3... 12 papagaios. Ficô admirado da largura que ele deu e voltô pru banquinho. Passado um tempo, ele escutô um zunido. Zim! Zim! Quando ele viu, era o último chumbinho que tava percurando mais um papagaio."
Este "causo" assim contado pode nem ter tanta graça, mas na voz de um cabôco do interior pode derrubar o cara de tanto rir. Ao menos foi assim comigo.
Era dia das Mães. Família reunida. Estava ao lado de um tio meu, que veio especificamente para a festa, mais meu pai, minha mãe, irmãs e madrinha reunidos à parte. Perguntei pro meu tio qual era a caça mais difícil de pegar. O irmão do meu pai respondeu que era o viado, enquanto meu pai falou que era a cutia. Foi quando então o visitante começou a falar do tempo em que as pessoas se reuniam para contar causos, presepadas, histórias inventadas com o único fim de intreter e fazer rir. Havia disputas para ver quem contava os melhores causos. Mas não eram contadas somente mentiras, casos da vida real também.
Parecia ser uma época tão boa. Nos breves instantes que meu tio e minha madrinha contaram as histórias, eu ri como há muito tempo não ria. O povo do interior tem uma criatividade simples, mas ao mesmo tempo involvente. Se divertiam com muito pouco. Como diria a Lóri, é mais ou menos assim: "Norte. Lugar onde não há muito o que fazer, o que leva as pessoas a construirem laços entre si". É exatamente isso, algo do tipo "o amor está no norte", o que escutei do Ryzzan.
Sem teorias, sem técnicas, sem preocupação com isso ou aquilo. Simplicidade perdida. O norte ainda é a "terra do nunca", mas até quando, eu não sei.
To pensando em passar em um concurso para antropólogo que tá tendo por aqui e larga de mão qualquer busca por evolução. No máximo aprender um instrumento.
É isso.
Este "causo" assim contado pode nem ter tanta graça, mas na voz de um cabôco do interior pode derrubar o cara de tanto rir. Ao menos foi assim comigo.
Era dia das Mães. Família reunida. Estava ao lado de um tio meu, que veio especificamente para a festa, mais meu pai, minha mãe, irmãs e madrinha reunidos à parte. Perguntei pro meu tio qual era a caça mais difícil de pegar. O irmão do meu pai respondeu que era o viado, enquanto meu pai falou que era a cutia. Foi quando então o visitante começou a falar do tempo em que as pessoas se reuniam para contar causos, presepadas, histórias inventadas com o único fim de intreter e fazer rir. Havia disputas para ver quem contava os melhores causos. Mas não eram contadas somente mentiras, casos da vida real também.
Parecia ser uma época tão boa. Nos breves instantes que meu tio e minha madrinha contaram as histórias, eu ri como há muito tempo não ria. O povo do interior tem uma criatividade simples, mas ao mesmo tempo involvente. Se divertiam com muito pouco. Como diria a Lóri, é mais ou menos assim: "Norte. Lugar onde não há muito o que fazer, o que leva as pessoas a construirem laços entre si". É exatamente isso, algo do tipo "o amor está no norte", o que escutei do Ryzzan.
Sem teorias, sem técnicas, sem preocupação com isso ou aquilo. Simplicidade perdida. O norte ainda é a "terra do nunca", mas até quando, eu não sei.
To pensando em passar em um concurso para antropólogo que tá tendo por aqui e larga de mão qualquer busca por evolução. No máximo aprender um instrumento.
É isso.
Um comentário:
Ahhh tá. Pensei que tinhas excluído o blog no calor de alguma crise existencial. :P
Então vens aqui em Sampa!!! Que lindo. É algum congresso em Santos? Me liga assim que chegares: (11) 91430760 / 36627580. Eu vivo na correria (chegando na capital vais entender por que), mas pra te ver eu dou todos os jeitos.
Quanto ao norte, eu concordo com o Ryzzan que é a terra do amor. E acrescento que, contrastivamente, São Paulo é a terra dos zumbis. Nunca vi gentes tão brochantes e sem graça quanto as nativas de SP capital. Já no norte mesmo quem é chato e burro tem calor humano. É incrível. Tá no dna da região. E acho que dá pra explicar isso em parte pela logística das cidades, sim. Mas aí é uma longa história.
Espero-te. Beijos!
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