segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Digressão

O ser está no oculto

No lado escuro da lua
Esconde-se o sentido de tudo
O fim de toda a procura
A própria origem do mundo

Olho a lua cheia
Queria ser lua cheia
Como se só existisse lua cheia

Mas no lado escuro da lua
Está a coroa do universo
O fim de toda procura
Onde o Uno se faz Verso

O que quero dizer? O Quê?

Que o lado escuro da lua
E a própria lua cheia
É uma e mesma figura
O ser que tudo permeia

Contemplo o oculto

A pedra como vulto

O pensamento como pedra:
O escuro nunca foi tão claro

2 comentários:

Ju Fuzetto disse...

O lado escuro. Aquele fosco no canto da pupila esquerda. Um oco. Um bréu no peito.

Lindo!!

beijos pra vc!

Cynthia Lopes disse...

Ah, gostei muito dos seus poemas!
bjs