GALOS, NOITES E QUINTAIS
Belchior
Quando eu não tinha o olhar lacrimoso,
que hoje eu trago e tenho;
Quando adoçava meu pranto e meu sono,
no bagaço de cana do engenho;
Quando eu ganhava esse mundo de meu Deus,
fazendo eu mesmo o meu caminho,
por entre as fileiras do milho verde
que ondeia, com saudade do verde marinho:
um bicho, um bando de pardais;
Como um galo, quando havia...
quando havia galos, noites e quintais.
Mas veio o tempo negro e, à força, fez comigo
o mal que a força sempre faz.
Não sou feliz, mas não sou mudo:
hoje eu canto muito mais
Não sou feliz, mas não sou mudo:
hoje eu canto muito mais
4 comentários:
É.. o tempo passa..ainda
não somos perfeitos
não temos tudo que queremos
mais quem disse que não podemos sorrir?
Um abraço Leone!
Ju
Rá! eis me aqui na sua casa! Volto sempre :*
Os tempos negros sempre nos abrem a percepção...
Tá explicado por que sou meio intuitivo. Beijos Ya. Saudade.
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