sábado, 11 de junho de 2011

ODE AO ITABIRANO

Deixar a mão escorregar.
Ah, se fosse tão simples assim,
caro itabirano, tenha certeza,
ai do alto do olimpo,
que minha tristeza não seria
tão triste
como a sua não foi.

Como fazer das letras
peças de uma equação?
Não, não és poeta,
caro itabirano, és, sim,
matemático, errático,
como se antigo grego
também fora.

Essa coisa de dizer
e não dizer; mostrar
e não mostrar; eclipsar
o próprio nada,
provoca náuseas na cabeça
e tontura no estômago.

Assim me (des) encontro
no rastro de tuas mãos:
Em parte também retorcido.
Maior parte, completamente
diminuto.

2 comentários:

Leone Rocha disse...

Poxa, gostei tanto desse poema! Será que falar que o Itabirano é o Drummond facilita? Ou todo mundo já sabia e não colou mesmo assim? :)

João Esteves disse...

Bela homenagem, amigo.