ODE AO ITABIRANO
Deixar a mão escorregar.
Ah, se fosse tão simples assim,
caro itabirano, tenha certeza,
ai do alto do olimpo,
que minha tristeza não seria
tão triste
como a sua não foi.
peças de uma equação?
Não, não és poeta,
caro itabirano, és, sim,
matemático, errático,
como se antigo grego
também fora.
Essa coisa de dizer
e não dizer; mostrar
e não mostrar; eclipsar
o próprio nada,
provoca náuseas na cabeça
e tontura no estômago.
no rastro de tuas mãos:
Em parte também retorcido.
Maior parte, completamente
diminuto.
2 comentários:
Poxa, gostei tanto desse poema! Será que falar que o Itabirano é o Drummond facilita? Ou todo mundo já sabia e não colou mesmo assim? :)
Bela homenagem, amigo.
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