quarta-feira, 27 de junho de 2007

Medo

"Eu tinha medo do seu medo do que eu faço"

Medo. Conheço bem este sentimento. Na verdade ele me dominava. Não que eu não lute contra isso, mas está tão dentro de mim que nem o percebo, não sinto. Assim fica difícil combatê-lo. Como não sinto, se sei que o tenho? Dedução. Deduzo que tenho medo pela forma com me relaciono. Voz baixa, mãos unidas, ombros rígidos. Sinto-me como se estivesse sendo testado quando me encontro com alguém. Percebo esta diferença com as pessoas as quais não me proporcionam medo. Riso fácil, descontração. Quando a dois então, perfeito. Prefiro conversas a dois. Tenho medo de falar besteira, de não ser compreendido, passar vergonha. Vaidade. Minha imagem é preciosa pra mim. Na verdade, meu maior medo é de errar. Descobri o motivo disto um dia desses: odeio assumir quando estou errado. Tenho medo de me deparar com essa situação: estar errado e não conseguir admitir. O pior é que a única maneira de combater isso é errando, se permitindo nos pequenos contatos diários, dar minha opinião. Um agravante é que sou pouco crítico. É preciso que algo me agrade muito a ponto de eu conseguir prender minha atenção e ter idéias. Ou seja, pouca coisa me interessa. Sendo pouco crítico fica difícil ter algo a dizer sempre. Agora, quando o assunto me interessa e, mais, quando tenho algum conhecimento sobre o assunto sou capaz de fazer grandes façanhas. Hoje as faço pois superei um outro medo: o de impressionar. Sou capaz disto, impressionar. Tinha medo de causar espanto, admiração e ser taxado como ‘olha o cara que gosta de aparecer’. Vaidade novamente. Percebi que toda manifestação sincera dificilmente provoca reações negativas. O problema é o entusiasmo. Quando se começar a falar dá vontade de não parar mais. Ai corre-se o risco de perdermos a sinceridade. Já passei por isso algumas vezes em sala de aula. Hoje estou mais controlado, prova de que errar faz bem desde que se aprenda.

4 comentários:

Anônimo disse...

Impressionar... isso não é alimentar o medo de errar? :)

Anônimo disse...

Tu já me impresssionastes e eu não vi vaidade, mas deve ser pq eu te amo....

Muito!!!!!

Anônimo disse...

Eu me sinto perto de ti como aquela flor pequenina.. como chama?
Rosa-menina??
É, eu me sinto uma rosa-menina perto de ti, abro-me em pétalas pequeninas, sem medo!
Mas é como eu te disse, eu te amo!
Beijos.

Anônimo disse...

Muito boa sua forma de expressão...lendo, me senti escrevendo. Bem,se escrevestes tendo em vista os teus sentimentos, queria dizer que acho fantástico que não tenhas mais receio de impressionar... até porque não se precisa fazer muito tendo uma personalidade como a sua para que se chegue a isso.
Confesso que quase sempre me impressionas...seja por ti próprio, ou pelas transmissões feitas por teua próximos (leia-se Pessoa).
Desejo que estejas bem...