sexta-feira, 23 de abril de 2010

Assíntota

A inspiração artística bem que poderia ser tão manipulável quanto a inspiração pulmonar. Mas talvez seja isso que faça a arte ser tão especial. A arte parece ser uma força que invade um espírito e faz dele um instrumento para sua realização. Claro, o estudo e a técnica importam, mas sempre parece que o artísta é uma espécie de escolhido. Lembro do primeiro Matrix, quando Cypher entrega Morpheus para o Agente Smith. Ele diz o que quer em troca: "Quero ser alguém importante. Um ator".

Estabeleci que serei cientista. Só que ainda não desistir de conseguir o mínimo de técnica necessária para me comunicar artísticamente, simbolicamente. "O símbolo é mais real do que o que ele simboliza" (Levi-Strauss). Acredito seriamente nisso. Tendo o mínimo de técnica, uma vez ou outra que a inspiração bater, poderei escrever algo. Quem sabe até poder comunicar algo simbolicamente quando eu queira. Quem sabe.

Agora, bem maior que minha vontade de comunicação simbolica, é minha vocação sistêmica. O querer entender como as coisas funcionam está em mim desde que me entendo por gente. Mesmo que a verdade não exista, a eterna busca por ela me move. E sempre nos aproximamos, sem nunca chegar. Como uma assíntota e sua reta.

domingo, 18 de abril de 2010

De Improviso

Meus post´s são pré-determinados. Sempre quis um dia sentar a frente do PC e começar a escrever algo assim, de improviso. Aliás, esta necessidade de ensair para poder agir é uma caracterísitca que me encomoda. Quando falo em público, quando dou aula ou tento abordar uma mulher - sim, já consigo fazer isso! - só realizo estas tarefas se eu tiver mentalmente repassado cada ato. "Ninguém consegue estar sempre no controle, ninguém!" Alguém - que até hoje não sei quem é - já comentou neste blog com estas palavras.

Ah, já me enjoei disto. Decidi não apagar o post. Vai assim mesmo. Se eu ainda usasse drogas talvez conseguiria. Improviso é um saco.

Hmmmm.... lembrei de algo legal. Acho que valeria a pena aprender bem um instrumento para nele improvisar. Com o pouco que sei já acho legal fazer isso no violão. Deve ser muito bom improvisar em um instrumento, deixar a emoção fluir. Talvez seja a mesma coisa com o texto. Tenho tanta facilidade para ficar pensando, divagando, mas quando tenho que escrever parece que eu travo. Costume. E estou em uma fase que vou ter que criar o hábito de escrver. TCC.

Por hora chega.