quinta-feira, 29 de julho de 2010

A questão da Verdade

"Vimos que o verdadeiro e o falso dependem de como se manifesta ou se torna patente o ser das coisas. Verdade ou falsidade só existem no âmbito da verdade em sentido amplo, entendida como alétheia, como desocobrimento, desvelamento ou patenteamento. E as coisas se manifestam de modo eminente no dizer, quando se diz o que são, quando se enuncia seu ser. Por isso Aristóteles diz que o lugar natural da verdade é o juízo. Quando digo A é B, enuncio necessariamente uma verdade ou uma falsidade, o que não ocorre em outros modos da linguagem, por exemplo num desejo ("tomara que chova") ou numa exclamação ("ai!"). O dizer enunciativo coloca as coisas na verdade. Mas é claro que essa possibilidade funda-se no caráter de verdade das próprias coisas, na possibilidade de seu patenteamento.
A verdade mostra o ser de uma coisa, a falsidade o suplanta por outro. No juízo verdadeiro, uno o que na verdade está unido, ou separo (em juízo negativo) o que está separado, ao passo que no juízo falso faço o contrário."
"O ceticismo nega que seja possível conhecer a verdade, o relativismo admite que tudo por ser verdade, mas que esta é relativa (...)."
Marías, Julian - História da Filosofia
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A busca pela verdade consiste na busca por um método de encontrar a verdade, distinguir o verdadeiro do falso dentro do ponto de vista adotado. 1 + 1 = 2. Isto é verdade dentro do conjunto dos números naturais, mas no conjunto dos números binários o resultado é 10. Essa busca fundou toda a filosofia e por conseguinte a ciência. É o motor da vida.

7 comentários:

rabbadesalman disse...

A vida independe da ciência. A vida independe das descobertas do homem. A ciência é para os fetiches da racionalidade. E eu aprecio, muito, como sabes, fetiches.

Como cientista e espiritualista que és, deverias entender que 1 é infinito, pensando fracionalmente. 1 + 1 não é simplesmente igual a 2. 1 casa não é só 1 casa, explica a engenharia. 1 "ser vivo" não é só 1 casca, explica a biologia.

A aritmética é como uma "crônica" matemática. Ela "generaliza" a idéia de algo infinitamente complexo (como o 1) para a compreensão ínfima deste. O que já nos permite, felizmente, tranformar este tal algo, o que o torna "mais infinitamente" (improvável) complexo. Sem que ele deixe de ser 1 (aritmeticamente falando, novamente)!

Eu não percebo "A verdade" nisso. Mais um vez vejo "instantes de verdade". E estamos falando matematicamente. Nem quero chegar a outros valores platônicos. Mas também não acho que isso desmotive qualquer cientista. Ao contrário, acho que os verdadeiros grandes cientistas tinham certeza que não chegariam a desmiuçar completamente qualquer objeto de pesquisa, mas com certeza transformariam 1 em DIVERSOS 1s. Nem um grande cientista, penso eu, espera a verdade. Seria decepcionante chegar a um "fim".

O mundo binário talvez seja muito mais elucidativo que o decimal. Ninguém precisa de 1+1=2. A aritmética é tão interessante quanto a crônica, e tão distante da verdade quanto. E o que não é? :P

P.S.: até quando o lépton será a menor parte da matéria? :P

Te amo.

Leone Rocha disse...

Esta tua réplica merece uma tréplica.

É justamente este o meu alimento: "instantes de verdade". Pra mim é melhor que sexo. Não existe fim, "a verdade final", por isso que a vida é eterna. No paraíso só existe curtição, nada mais. Mas chega uma hora que enjoa, e é preciso inventar novas coisas para manter a curtiçao, manter a animação, a "novidade". É isso que quero fazer, inventar novas coisas, novas verdades relativas, novos instantes de verdade, que nada mais são que as mesmas coisas de outras formas. Sempre mais do mesmo. É perigoso, pode levar à perdição, mas é ai que fica mais divertido. Quero criar coisas pra tu te divertir e ficar tirando barato comigo depois. Entende?

Ryzzan disse...

Um dia eu ainda te como, e saberás que nunca conseguirás algo mais próximo da verdade (só numa música ou num socão, talvez), gato!

Leone Rocha disse...

Uma gosada, um soco, é algo que dá e passa. É um vício, feito uma droga. Um "instante de verdade" é eterno. Sou muito mais o pensamento do que sentido. Quando este mundo dos sentidos acabar, só restarão os "instantes de verdade".

Égua Ryzzan, te amo pra caralho. Hoje me deu uma super vontade de chupar a tua boca. Contraditório, não? Ainda não me livrei totalmente do pecado dos sentidos.

Te amo.

Lorena disse...

Gentem, quanto calorrrrr humano!

(E aqui em São Paulo tão frio!)

Ryzzan disse...

Tu lembras no "Clube da Luta", quando o Tyler (que ainda não sabia que era o Tyler) arrebenta com a cara de um loiro bonitão e depois diz que "teve vontade de destruir algo belo"? O loiro bonitão fica deformado, permanentemente. Era nesse socão que eu tava pensando. Deve dar uma "super sensação de realidade" na hora de escovar os dentes na frente do espelho.

Uma gozada é algo que passa? Realmente eu preciso te comer. uahauhauhauhaa. Vai ser a primeira coisa que vais lembrar ao acordar, pelo resto da sua vida, gato! UAHAUHAUHAUAHAUHUA. :*

Foi dada a mim uma "gozada eterna" para cada modalidade do sexo (que eu já pratiquei). Tem um cu eterno. Uma boceta eterna. Uma chupada eterna. Um "threesome" eterno (a expressão francesa está ultrapassada)...

Vamos comer direito! Senão as meninas nos deixam. E lembro que meio as tuas infinitas ambições, existe a de deixar uma mulher "perdidamente apaixonada" por ti. Não podes deixar que elas pensem que "um gozo é algo qe passa" então.

Mas eu não tô diminuindo a nóia científica. Dou o maior apoio. Tenho nóia "intelectualóide" também (mas geralmente é só pra impressionar as menininhas - já disse isso muitas vezes). Só queria que tu percebesses o que já tá "por aí" de verdade que a gente nem conhece, e fica querendo criar novas. :)

Te amo. Queria morar contigo e adotar filhos pra gente fazer um laboratório. uahauhauhauahu Mas eu me enrolei com essa mulher gostosíssima, chamada Thalita. Nessas horas tenho raiva do sexo. :P

Ryzzan disse...

Ah, sobre tuas perguntas lá no meu ploc: eu quero muito festejar meu aniversário aí, em novembro. Mas não sei se minha dona vai deixar. Tô tão na liga que tô fazendo uma seleção de 30 horas de música (uma hora por ano, desde 1980 - lembrando que este foi o ano em que nasci, para os que pensam que eu ainda sou adolescente). Ainda estou em 1984.

Vou escrever minhas impressões nada impressionantes sobre o direito lá no ploc, só pq me deste a idéia. :)