segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Da Filosofia

"As vezes o que eu vejo quase ninguém vê"
Legião Urbana

Um sistema possui elementos que o compõe. Quando um fenômeno surge no interior do sistema ele pode chegar a se manifestar em cada elemento que o compõe. Quando este fenomeno estiver presente em todos os elementos do sistema, ele some.

Pensemos em nós. Todos nós comemos. Se alguém chegar para alguém e disser: você come. O que a pessoa que recebeu a afirmação dirá? Pelo fato de todos nós comermos isso se torna irrelevante, é como se não existisse. Todos nós temos um nariz. Quantos se dão conta disso? Esta coisa que aparentemente deixa de existir por ser algo que todos têm/fazem ainda existe e só pode ser captada pelo olhar do filósofo. O filósofo vê o que está generalizado no sistema e por isso não se faz visível.

Todos nós, em algum momento, fazemos as vezes do filósofo. Uma hora ou outra sempre nos surpreendemos com algo. Sim pois quando algo surge geralmente nos surpreendemos. É a tal "eureka". Só que com o tempo agente se acostuma com as coisas, com a comida, com nosso nariz, nossas orelhas, e meio que nos tornamos inertes. É preciso se desligar um pouco para "ver" o que está nos bastidores. Ai gera o conflito. Se você se desliga da realidade material, esta que nos aliena, corre o risco de enlouquecer, ou ficar deprimido. Se vê tanta coisa, mas tanta coisa que fica difícil de lidar com tanta informação. "É preciso saber viver".Tão simples e batido, mas verdadeiro. Saber quando ser filósofo, quando ser um cego.

A filosofia ajuda nisso. Obter respostas. Se perguntamos algo é porque algo está escondido e geralmente é algo que tá na cara, tá escondido no manto da generalização. Quando filosofamos sob um método a respeito de um objeto estamos fazendo ciência. A filosofia é livre. A ciência é limitada pelo método e pelo objeto.

Ah... cansei. Tenho que ir.

Um comentário:

Anônimo disse...

Limitação pelo método e objeto? uheuehueheue Eu quero ver um dia o homem alcançar o "ultimate method" e destrinchar um objeto até o seu "limite".

Cada poeira é um universo. E isso não é filosofia. :) A ciência é o aperfeiçoamento da filosofia, e não o contrário. Só que, agora sim sendo filosófico, quem se frustra com pensar e não concluir é que devia rever a "última conclusão" (até a próxima) filosófica, que é "não existir conclusão". :)

Tu mesmo fizeste parecer que não aprecias limitações, então por que não aprecias as inconclusões? Contradição!

Queres ser Deus, maldito! Eu tô ligado.