domingo, 5 de dezembro de 2010

O drama de ser revolucionário hoje

Aviso: Ao postar o que se segue, dei-me a permissão de usar o martelo.

"Para os pós-modernistas, em caso contrário, modos de vida totais devem ser louvados quando se tratam de dissidentes ou grupos minoritários, mas censurados quando se trata das maiorias. As 'políticas de identidade' pós-modernas incluem assim o lesbianismo, mas não o nacionalismo, o que, para os radicais românticos mais antigos, ao contrário dos radicais pós-modernos mais recentes, seria algo de totalmente ilógico. O primeiro grupo, vivendo em certa era de revolução política, estava protegido do absurdo de acreditar que movimentos majoritários ou consensuais são invariavelmente ignorantes (grifo do blogueiro e adendo: esta é, realmente e infelizmente, a crença dos intelectualóides de hoje). O segundo grupo, florescendo em uma fase posterior e menos eufórica da mesma história, abandonou a crença em movimentos de massa radicais, sobretudo porque há muito poucos deles dos quais se lembrar. Como teoria, o pós-modernismo aparece depois dos grandes movimentos de libertação nacional dos meados do século XX, e é ou literal ou metaforicamente jovem demais para recordar-se de tais clataclismos políticos."

Terry Eagleton - A idéia de cultura

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